A diástase abdominal refere-se à separação dos músculos abdominais e do tecido conjuntivo. Pode ocorrer durante a gravidez ou logo após o parto. Cerca de dois terços das mulheres que têm filhos têm esse problema.
Durante a gravidez, a produção de alguns hormônios específicos da gestação (como a relaxina) têm a função de relaxar os músculos e as articulações para acomodar o bebê, abrir os quadris e aumentar o espaço pélvico, especialmente no nascimento. O nível de produção do hormônio relaxina aumenta durante a gravidez, atinge o pico no nascimento e depois diminui gradualmente. Conforme o abdômen cresce, a pressão nos músculos abdominais aumenta e pode causar diástase.
Gestantes sedentárias têm maior probabilidade de ter diástase porque os seus músculos do CORE (os músculos envolvidos na cintura abdominal são compostos principalmente de abdômen, lombar e músculos glúteos) são fracos, mas isso também pode acontecer com mulheres grávidas treinadas. Mulheres que engravidaram mais de uma vez também têm tendência a diástase, porque o útero aumenta de tamanho e empurra os músculos abdominais para os lados. Outros fatores também podem ter impacto, como bebês grandes, gestação de gêmeos e excesso do líquido amniótico.
A principal função do CORE é sustentar o tronco, e os músculos do reto abdominal formam uma parede que sustenta os órgãos acomodados no assoalho pélvico.
Quando ocorre a diástase, o feixes do músculo reto abdominal se deslocam para o lado, abrindo um espaço no meio do abdômen, útero, intestinos e outros órgãos ficam com apenas um pequeno pedaço de tecido conjuntivo na frente para fixá-los. Devido à falta desse suporte muscular ideal, o bebê pode ter dificuldade para nascer de parto normal. O esforço para empurrar o bebê para baixo é muito grande, e essa ação pode colocar muita pressão sobre os tecidos abdominais fracos, piorar a diástase e dificultar o nascimento por parto normal.
A diástase também pode causar incontinência urinária, dor lombar e constipação. A respiração e o movimento normal dos músculos respiratórios são afetados. Em casos extremos, o tecido pode romper e pode ocorrer uma hérnia.
Para verificar se você tem diástase abdominal, deite-se de barriga para cima e pressione o abdômen com os dedos indicador e médio cerca de 2 cm acima e abaixo do umbigo e simule um abdominal. Se os músculos se separarem quando o abdômen for contraído, e o espaço for maior que 2 cm você pode ter diástase e o ideal é procurar um médico para uma avaliação. Quando o espaço for maior que 4 cm, pode ser que uma operação cirúrgica seja indicada.
Quando a separação dos músculos for menor que 4 cm o método LPF (Low Pressure Fitness) é uma excelente opção de tratamento.
Alguns cuidados devem ser tomados quando ocorre diástase. Infelizmente, até segurar uma criança no colo pode ser um problema. As mulheres devem evitar trabalhos físicos extenuantes como levantar objetos pesados para não aumentar a diástase.
Ao retomar as atividades, os exercícios físicos mais leves são o primeiro passo. Alguns exercícios comuns na academia (incluindo abdominais, flexões e exercícios de prancha) podem agravar a separação abdominal.
A metodologia do LPF consiste em exercícios posturais e respiratórios de baixa pressão e fortalecem todos os músculos do assoalho pélvico e abdômen, portanto, podem melhorar muito a diástase e a incontinência urinária, os exercícios podem ser feitos 30 dias após o nascimento do bebê.
LPF é conhecido como a técnica da barriga negativa porque seu efeito estético é muito bom, mas os benefícios gerais para a saúde da mulher e os benefícios do alinhamento das articulações e da coluna principalmente excedem os estéticos.
Se você estiver grávida ou se o seu bebê já nasceu e você teve diástase, procure um profissional licenciado LPF. Assim que o tecido conjuntivo estiver no lugar, considere retomar seus exercícios físicos diários.